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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Suplementos para Emagrecer

Supõe-se que os beta-agonistas controlem as reservas de gordura do corpo, a hipertrofia muscular, a resposta ao treinamento e até mesmo a distribuição de fibras musculares. Os beta agonistas (no caso a adrenalina e noradrenalina) aumentam a freqüência cardíaca, a força de contração ventricular e o volume sistólico melhorando o fluxo sangüíneo para o cérebro e músculos. Eles atuam também relaxando a musculatura dos brônquios, facilitando a ventilação, dentre outros efeitos.
Muitas células do nosso corpo (incluindo a fibra muscular e os adipócitos) possuem receptores beta em sua superfície, esses receptores beta "recebem" os beta-agonistas. Quando um ß-agonista se junta a um receptor beta, inicia-se uma série de reações químicas mediadas pela ação da enzima adenilciclase que estimulam a produção de um mensageiro químico chamado AMP-C, o qual ativa enzimas fosforiladoras de proteínas (no caso a proteinaquinase), sendo que muitas dessas proteínas são enzimas e esta fosforilação pode ativá-las ou desativá-las (nos adipócitos ativam-se as enzimas lipases, responsáveis pela "quebra" dos triglicerídeos, nas células musculares ativam o metabolismo, e causam reações importantes que controlam o crescimento muscular, o tipo de fibras e as concentrações de enzimas). O AMP-C é degradado pela enzima 3’,5’-nucleotídeo-fosfodieterase, que pode ser inibida pelas metilxantinas (ex: cafeína e teofilina).
Existem dois estudos onde o uso de efedrina se mostrou eficaz na preservação dos níveis do hormônio da tireóide T3 em dietas com baixa ingestão calórica (PASQUALI et al, 1992 e ASTRUP et al 1985) o que significa prevenção na queda do metabolismo. Porém, posteriormente, no estudo de ASTRUP o níveis de T3 caíram para abaixo do encontrado antes da administração da droga.

O mesmo ASTRUP tem um artigo de 1992, onde a efedrina, tomada com a cafeína, poupou a perda de massa muscular em períodos de restrição calórica, neste estudo feito em mulheres obesas, quem tomou as drogas perdeu em média 90% do peso proveniente da gordura, enquanto no outro grupo a média foi de 53%. Reforçando o que foi verificado por ASTRUP, aparece o estudo de PASQUALI (1989), que também foi feito com obesos, onde a efedrina se mostrou eficiente na retenção de nitrogênio. Ressalto que são estudos a curto prazo e em obesos.
O papel de cada componente da combinação ECA (efedrina, cafeina e aspirina) é o seguinte:
A efedrina aumenta a produção de ß-agonistas e atua ela própria com um ß-agonista.

A cafeína inibe a perda de AMP-C, potencializando o efeito da efedrina. DULLOO (1986) comprovou que as metilxantinas (classe a qual a cafeína pertence) sozinhas pode ter atuação irrelevante, porém quando ingerida com a efedrina aumenta a magnitude do efeito desta. Neste estudo, ratos obesos ingerindo somente metilxantinas não tiveram redução ponderal significativa, já os que ingeriram somente efedrina perderam 14% de seu peso e 42% de gordura, além de aumento de 10% no seu gasto energético. A combinação de ambos levou ao aumento de 10% no gasto energético, redução ponderal de 25% e perda de gordura de 75%. Sendo que a ingestão calórica se manteve a mesma nos três grupos.

Supõe-se que a aspirina iniba o feedback negativo, evitando que os efeitos se estabilizem. A curto prazo (pouco mais de duas horas) a aspirina não potencializa o efeito termogênico dos componentes acima (HORTON et al, 1996) Quanto a não obesos, tenho conhecimento de um estudo realizado em macacos (RAMSEY et al, 1998), onde tanto os obesos quanto os magros tiveram sua ingestão alimentar e seu percentual de gordura reduzidos e seu metabolismo aumentado com a combinação de efedrina e cafeína.

Algumas pessoas parecem ser sensíveis a esses três componentes, sendo necessário consultar um médico antes de usá-los e suspendê-los imediatamente diante do surgimento de qualquer reação adversa. Não é recomendado para: diabéticos, pessoas com problemas na tireóide, no coração, pressão alta, pessoas que estejam usado inibidores de apetite, pessoas com úlcera, nem portadores de distúrbios alimentares ou psicológicos...

Podem aparecer os seguintes efeitos colaterais, principalmente quando há predisposição: distúrbios psíquicos, elevação da pressão arterial, elevação da freqüência cardíaca, problemas cardiovasculares, agressividade, insônia, falta de concentração, náuseas, tremores, etc...
Lembre-se que o corpo tenta manter a concentração de hormônios em níveis estritos e qualquer mecanismo exógeno que eleve a quantidade destes ou mimetize seus efeitos leva a adaptações que resultam em uma menor produção ou menor aproveitamento desses hormônios, portanto os efeitos tendem a se tornar menos evidentes com o tempo e freqüentemente retorna-se ou até excede-se o peso anterior com facilidade após o tratamento. Outro fator a ser comentado é que os estudos que utilizavam beta-agonistas na redução ponderal foram realizados em sua maioria em obesos e não podem ser indiscriminadamente generalizados, por exemplo HORTON (1996) verificou que a resposta metabólica induzida pela combinação ECA é maior nos indivíduos obesos que não obesos.

Consulte um profissional especializado veja se você realmente precisa destas substâncias e se pode usá-las com segurança.

Não deixe de ler imperdíveis comentários sobre a composição dos principais termogênicos na segunda parte deste artigo (Suplementos para emagrecer II) e veja tanbém informações sobre o clenbuterol, uma das drogas mais populares entre pessoas que procuram reduzir seu percentual de gordura

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